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Por que mindfulness para os adolescentes?

A adolescência chega com grandes transformações, muitos questionamentos e, frequentemente, certa dificuldade em navegar as diferentes emoções que podem se apresentar de forma bastante intensa. Se somarmos a isso as pressões que a sociedade atual nos impõe e a carga de informação a que estamos expostos, não é de se estranhar que uma boa parte dos jovens que buscam nosso programa baseados em mindfulness o façam para "diminuir o stress".

Diversos estudos já demostraram que a prática de mindfulness pode, sim, ajudar os adolescentes a controlar melhor o stress, diminuir a ansiedade, regular melhor suas emoções e se concentrar melhor. Na minha opinião, a prática de mindfulness vai muito além. Na minha experiência com grupos de adolescentes na Universidade de Genebra, vejo que a meditação ajuda o adolescente a se conhecer melhor, a reconhecer seus hábitos de comportamento (sejam eles benéficos ou não) e suas reações. E à partir do momento em que os jovens se conhecem melhor, eles têm a possibilidade de experimentar a vida de uma forma ainda mais rica.

Possíveis benefícios da prática

Maior concentração

Melhor gerenciamento de estresse

Diminuição de resposta emocional

Reconhecimento de suas emoções e pensamentos

Melhora das relações 

Melhor qualidade do sono

Reconhecimento de seus hábitos de comportamento

Melhor qualidade do sono

Uma palavra sobre propor mindfulness por videoconferência

Adolescents avec ordinateur portable

Devo admitir que eu tinha preconceitos em relação à prática do mindfulness online, mesmo live por videoconferência. Tinha a impressão de que não poderia trazer os mesmos benefícios, que não era suficientemente "sério". Até a COVID-19 chegar trazendo essa pandemia e nós sermos forçados a passar nossos grupos de mediação para uma plataforma de videoconferência. Essa experiência, além de participar de várias outras reuniões de mindfulness que aconteceram online, fez meus preconceitos caírem - um por um. Além disso, pesquisas começam a mostrar resultados muito semelhantes com os programas face à face. As abordagens são diferentes, obviamente. Mas hoje percebo que conseguimos ter uma ótima experiência online, com todas as vantagens da facilidade de acesso. Atualmente, depois de me formar para oferecer programas online, fico tão feliz em propor um grupo por videoconferência quanto pessoalmente.

Crêpes pour la Chandeleur

Teflon ou Velcro?

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Eu aprecio bastante o trabalho de Rick Ranson (psicólogo, pesquisador, instrutor de mindfulness e autor), que com suas pesquisas em neurociência e neuroplasticidade positiva demonstra que nosso cérebro é naturalmente parecido com Teflon (material que não "cola" muito) para os bons momentos de nossa vida. E mais parecido com o Velcro (material que "cola" muito) para experiências ruins. É da nossa natureza. Se refletirmos um momento, isso faz todo o sentido: é importante não esquecermos de experiências potencialmente perigosas para evitar de se colocar em perigo no futuro!

Entretanto, mesmo de do ponto de vista evolucionista isso faz sentido,  esse modo de funcionamento pode nos levar a estar menos em contato com o que nos faz bem e de vivenciar intensamente situações desagradáveis que na realidade não são perigosas nem tão importantes assim.  A boa notícia é que estudos mostram que podemos, usando mindfulness por exemplo, nos treinar para fazer com que os bons momentos "colem" melhor na gente e, portanto, aproveitar melhor nossa vida. Minha experiência me mostra que é muito rico explorar isso com os adolescentes, que muitas vezes vivenciam as emoções com muita intensidade e para quem o velcro nos momentos difíceis pode ser ainda mais "pegajoso".

Apprendre à patiner

"Atenção plena significa estar acordado. Significa saber o que você está fazendo. Nem mais, nem menos."

Jon Kabat-Zin

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